Autor: Vítor Fernandes
Data da Publicação: 02/2015
Editora: Pastelaria Studios
IBSN: 9789898796240
Páginas: 188
"Constantino encontrou um manuscrito muito antigo numa caixa de computador, proveniente de França, comprada a um vizinho toxidependente. Espinheira, um paleógrafo amigo e companheiro de outras lides, frequentava, por coincidência, um seminário em Paris, quando Constantino resolveu abordá-lo. O paleógrafo quase o dececionava quando lhe disse que de aramaico percebia pouco, mas do que ele não tinha mesmo o mínimo conhecimento era de aramaico antigo. Uma equipa chefiada por Constantino e composta por um paleógrafo, uma luso-francesa com PhD e um bielorrusso de origem judaica, fazem quartel-general no Quartier Latin e propõem-se decifrar o manuscrito.
Um gang chefiado por uma americana, ou por um francês ou até mesmo, por um americano, coisa a esclarecer no interior pois todos andam à procura do mesmo, fará de tudo para se apossar do manuscrito.
Um texto que viaja entre Paris e o Laranjeiro de Fora e vice-versa, com incursões noutras paragens e viagens marcadas para o Médio Oriente, que vai a casas de penhores, viaja de avião e de metro, numa tão hilariante quanto trágica história de perseguições e mortes, cenas de pancadaria de criar bicho, das quais um dos protagonistas é um alentejano de nome Anacleto e onde figuram ainda uma tradutora transmontana, casada com um turco embarcadiço que gosta de contar anedotas e um presidente de câmara que gostava de jogos florais. Um thriller divertido e com suspense cronológico."
A escrita? Lamentavelmente,
não apreciei este ponto. Não me consegui identificar com ela. Para um livro
escrito em português e por um português achei-o demasiado desordenado. Não sei
se o objectivo da enumeração/separação dos parágrafos é propositada para
conseguir mudar de repente de assunto/cena sem ter de justificar algo ou por
outro motivo qualquer que infelizmente não consegui compreender. Só sei que
esta separação não é benéfica para a leitura, parece que durante a mesma
andamos a fazer um puzzle do enredo e a tentar encaixar todos os parágrafos nos
locais certos
O enredo? Adorei
a sinopse e por isso estava à espera de um triller empolgadíssimo e cativante,
fato que não se veio a verificar. Foi complicado não desistir da leitura antes
chegar às páginas onde decorre o suposto suspense cronológico de 24h, quando finalmente
apareceu continuei com vontade de desistir (fato que se veio a confirmar-se na
página 80). Mais uma vez aqui o puzzle dos parágrafos criou uma desconexão de
todo enredo e acabamos por andar meio perdidos durante toda a
leitura (pelo menos até à página 80 onde cheguei)
As personagens? Foi me impossível estabelecer qualquer tipo de ligação com as personagens, não me cativaram e não percebi a função/objectivo de algumas delas durante a narrativa. Achei-as desconexas e pouco apelativas.
Conclusão? Estou
habituada a leituras simples e sem grande malabarismos linguísticos, sou
admiradora de leituras fluidas e básicas. Deste modo, considero que talvez não
serei a leitora recomendada para este género de escrita. Para mim, esta leitura
foi pouco apreciada e cativante devido com uma escrita/enredo desconexos.
Tenha pena de que não tenha gostado. Também tenho pena de isto não ser uma crítica onde eu aprendesse alguma coisa e me ajudasse a melhorar. De qualquer forma, acredito que a sua reação seja honesta pelo que lamento, de novo, não a ter satisfeito. Para a minha auto-estima não é bom, mas isso é normal. Quem sabe venha a gostar do meu próximo? Cumprimentos.
ResponderEliminarNem todos gostamos ou apreciamos o mesmo, aí esta a beleza do mundo, a deversidade de gostos, opinões! Por isso disse, que para mim a leitura não correu como o esperado, mas já vi opinões diferentes! Quem sabe não gostarei de outro seu, já me aconteceu o mesmo com outro autor, não gostei de um (ao ponto de desistir de ler também) e adorei outro!
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