"Corações Sem Dono", Lucy Dillon

Ficha técnica de: Corações Sem Dono

Titulo original: Lost dogs and lonely hearts

Autor: Lucy Dillon

Data da Publicação: 09/2011

Editora: Porto Editora

IBSN: 9789720043528

Páginas: 448

PVP (em euros): 16,60

“Histórias de solidão, amor e recomeços ou como cachorros abandonados podem salvar corações solitários.

A londrina Rachel de trinta e nove anos descobre que tudo na vida pode dar uma volta enorme quando e como menos se espera. Tudo começa num momento conturbado: na mesma semana Rachel perde o namorado, o emprego, descobre o primeiro cabelo branco e é acusada pela irmã de ser egoísta por se ter esquecido do aniversário do sobrinho. Como se não bastasse de repente tem de se mudar de Londres para uma pequena cidade de província, no fim do mundo, onde uma tia lhe deixou em herança um canil a abarrotar de cães, uma casa enorme e uma montanha de dívidas. Mas nem tudo é o que parece e nem só de problemas se fará este novo percurso de Rachel; graças aos amigos de quatro patas, muitos corações solitários vão descobrir valiosas lições sobre lealdade, companheirismo e amor incondicional.”

Apesar de não ser extraordinário este é um livro que qualquer amante de animais, em especial os dos cães, vai gostar. 

A escrita é simples e fluída permitindo uma leitura rápida, no entanto, a tradução peca um pouco pelo constante erro na troca dos nomes das personagens. 

As personagens são banais e extremamente reais, os seus problemas são os normais que qualquer ser humano pode atravessar.O ponto forte do livro é mesmo a relação de interajuda entre as personagens e os seus “cães” pois é neles que encontram as forças para ultrapassar os seus medos.

P.S. Obrigado Filipa pelo empréstimo :)

" A Outra Rainha", Philippa Gregory

Ficha técnica de: A Outra Raínha

Titulo original: The Other Queen

Autor: Philippa Gregory

Data da Publicação: 02/2009

Editora: Civilização Editora

IBSN: 9789722627702

Páginas: 475

PVP (em euros): 17,90

"Com a sua característica combinação de magnífica narrativa com um contexto histórico autêntico, Philippa Gregory dá vida a esta época de grandes mudanças, numa fascinante história de traição, lealdade, política e paixão.

Maria Stuart, Rainha dos Escoceses, está em prisão domiciliária em casa de Bess de Hardwick, recém-casada com o Conde de Shrewsbury, mas continua a lutar para recuperar o seu reino.
Maria é Rainha da Escócia mas foi forçada a abandonar o seu país e a refugiar-se na Inglaterra, governada pela sua prima Isabel. Nesta época, a Inglaterra é um país com um protestantismo mal alicerçado, pressionado pelo poder da Espanha, da França e de Roma, e a presença de uma carismática governante católica pode ser perigosa. Cecil, o conselheiro-mor da Rainha Isabel, concebe então um plano para que Maria viva enclausurada com a sua cúmplice, Bess de Hardwick. Bess é uma mulher empreendedora, uma sobrevivente perspicaz, recém-casada com o Conde de Shrewsbury (o seu quarto marido). Mas que casamento resiste aos encantos de Maria? Ou à ameaça de rebelião que a acompanha a todo o momento? No seu cativeiro privilegiado, Maria tem de aguardar pelo regresso à Escócia e pelo reencontro com o seu filho. Mas esperar não significa nada fazer!"

Obrigado à Nídia do Blog Dark-Tales pelo o empréstimo do livro que me proporcionou a minha estreia com a autora.

Confesso que estava um pouco renitente quando iniciei esta leitura e não sabia bem o que esperar, apesar de ter lido críticas fantásticas sobre os seus livros. No entanto, ultimamente como costumo ser do contra iniciei esta leitura de pé atrás mas, desta vez as minhas expectativas foram superadas e acabei mesmo por gostar da escrita da autora.

O enredo? É daqueles livros um pouco irritantes, que anda em círculos, já que as personagens dão um passo em frente e andam dois para trás, num momento esperamos que seja tudo ultrapassado como depois fica tudo na mesma ou ainda pior. 

As personagens? São três das personagens que narram os acontecimentos. Maria Stuart, a rainha dos Escoceses, realmente foi muito persistente com a sua luta para tentar sair de cativeiro e a acção gira praticamente em torno das suas decisões. Também é na sua parte narrativa que encontramos os pontos mais cansativos de toda a leitura, uma vez que, é extremamente repetitiva nas suas divagações. Bess Talbot, condessa de Shrewsbury, cria sensações dúbias no leitor, por um lado somos capazes de detestar as suas atitudes, como de repente, a vimos como uma mulher extremamente inteligente, segura de si e muito independente. George Talbot, o conde de Shrewsbury, é um homem com um sentido de honra impressionante mas muito pouco perspicaz, bastante influenciável e no fim acabamos por concordar com a esposa quando o retracta como “um tolo”.

Achei o final bastante apressado, depois de tanto pára e arranca durante todo livro, esperava um final mais abrangente.

  
Retratos de algumas das personagens do livro.

Um vídeo com a autora a falar do livro. 

 
 

"O Último Lobisomem", Glen Duncan

Ficha técnica de: O Último Lobisomem 

Titulo original: The Last Werewolf

Autor: Glen Duncan

Data da Publicação: 08/2012

Editora:Editorial Presença

IBSN: 9789722348591

Páginas: 384

PVP (em euros): 17,90

"Jacob Marlowe é um lobisomem solitário, o último da sua espécie. Há duzentos anos que vagueia pelo mundo, escravo dos seus apetites ferinos, que o condenam a devorar um humano a cada nova lua cheia. Mesmo sabendo que irá pôr fim a uma lenda com milhares de anos, Jacob pensa no suicídio. No entanto, em breve Jacob descobre uma razão muito mais forte para querer continuar a viver, quando se apaixona por Tallulah, a última lobisomem."

Este é um género de obra que não estou habituada a ler, a escrita é bastante mais complexa o que torna a leitura mais lenta e o autor escreve de um modo muito peculiar, como um misto de humor acompanhado de uma escrita crua e sombria. Li umas passagens do livro na sua língua original e  parece-me que é o género de obra da qual muito do seu encanto se perde na tradução.

Fique com pena de não ter apreciado esta leitura, porque o tema sobre Lobisomens é bastante interessante, o autor faz  uma abordagem pouco romanceada do mesmo, sem os habituais lados cor de rosa, explorando o lado mais sombrio das lendas mas ao mesmo tempo dando lhe um ligeiro toque de humanidade.

Para mim, o principal problema, para além da escrita, foi o desenvolvimento da acção, uma grande parte do livro é um autentico monologo sem grande interesse e pouco cativante. Só sensivelmente a metade do livro é que surge algo que nos impulsiona para ler, a fase romântica só aparece mais perto do final  e a mesma não é explorada como devia, surge demasiado rápido e o único motivo aparente para uma paixão tão avassaladora é “somos os últimos lobisomens portanto amamo-nos”, o que no meu entender não faz muito sentido.

O fim do livro fica em aberto e já conta com continuação intitulada de " Talulla Rising" 

O que mais gostei foi mesmo o trailer do livro.

O autor fala sobre o livro

 E a sequela "Talulla Rising"

"À Procura de Alaska", John Green

Ficha técnica de: À Procura de Alaska 

Titulo original: Looking for Alaska

Autor: John Green

Data da Publicação: 02/2012

Editora: ASA

IBSN: 9789892316826

Páginas: 256

PVP (em euros): 16,90

“«Na escuridão atrás de mim, ela cheirava a suor, luz do sol e baunilha, e, nessa noite de pouco luar, eu pouco mais podia ver além da sua silhueta, mas, mesmo no escuro, consegui ver-lhe os olhos - esmeraldas intensas. E não era só linda, era também uma brasa.»

Alaska Young. Lindíssima, esperta, divertida, sensual, transtornada... e completamente fascinante. Miles Halter não podia estar mais apaixonado por ela. Mas, quando a tragédia lhe bate à porta, Miles descobre o valor e a dor de viver e amar de modo incondicional. Nunca mais nada será o mesmo.”

Já ouvi dizer que cada livro tem um momento certo para ser apreciado e, uma vez que, este é um livro tão bem cotado, actualmente no GoodReads tem 4.27 de rating em 5 de máximo, pondero se, esta terá sido a altura mais indicada para desfrutar da sua leitura.

Sinceramente, não consegui captar o seu valor global da obra. Na minha opinião, este é mais um livro que enumera alguns momentos da vida de um adolescente.

A escrita do autor é simples e permite uma leitura rápida e apesar de este até ser um livro relativamente pequeno, foi me difícil avançar com a sua leitura.

Portanto, durante a “primeira parte” do enredo temos a descrição do quotidiano de um adolescente, que é residente interno de um colégio (fumar, beber, estudar, aulas, experiencias sexuais, fazer amizades, etc.) e na “segunda parte” temos a tentativa de explicação do “desaparecimento” de Alaska e nada mais. Ah, sobre a abordagem do tema "o primeiro amor" ou melhor a minha primeira paixão, foi a típica dos adolescentes, ela é tão gira e irreverente que fico logo apaixonado, tchan! Ou eu amo muito o meu namorado mas se der um beijinhos a outro também não faz mal. Conclusão, os adolescentes fumavam e bebiam ainda mais, sofreram as consequências do seu abuso, adiantou de algo? Não sei, não se chegou a perceber muito bem… 

O que mais gostei, as partidas pregadas entre os diversos grupos existentes na escola e a cena da aprendizagem do “blow job” que sem dúvida alguma foi engraçada mas, mesmo assim, a ignorância sobre a mecânica do momento foi um pouco exagerada.

Este é mais um livro a circular pelo membros do Clube BlogRing. Obrigado, Vera!

"666 Park Avenue", Gabrielle Pierce

Ficha técnica de: 666 Park Avenue  
Titulo original: 666 Park Avenue
Autor: Gabrielle Pierce
Data da Publicação: 07/2012
Editora: ASA
IBSN: 9789895578450
Páginas: 288
PVP (em euros): 16,50

“Jane Boyle é uma jovem e promissora arquiteta que está a viver um verdadeiro conto de fadas, desde que o charmoso, e muito rico, Malcolm Doran a arrebatou e lhe propôs casamento, acompanhando o pedido com um enorme anel de diamantes. Jane não consegue acreditar na sua sorte e resolve deixar o emprego em Paris para recomeçar a vida em Nova Iorque, na companhia de Malcolm. Mas quando Malcolm a apresenta à família, os muito temidos e reverenciados Doran, uma das mais importantes famílias da elite de Manhattan, o conto de fadas de Jane sofre uma abrupta e negra mudança de rumo. Em breve, tudo o que ela pensava saber sobre o mundo e ela própria é posto em causa. Agora Jane tem de tentar compreender as suas novas capacidades mágicas, ao mesmo tempo que luta contra a ameaça daqueles que tudo farão para lhas retirarem.”

Quem pode resistir a uma história de bruxas? Eu não... é um dos meus temas de fantasia preferidos. Por isso, quando me emprestaram este livro não resisti e cedi logo à tentação de o ler.

Terminada a leitura, confesso que esperava algo mais elaborado, com mais acção e fenómenos 

Jane, a protagonista, não me seduziu muito, às vezes consegue extremamente inteligente, outras vezes completamente obtusa e a relação dela como o noivo (Malcolm) é prova disso, já que é apenas baseada no contacto físico. Malcolm é um completo enigma, só no final é que sabemos de que lado está e mesmo assim ficamos com muitas dúvidas em certos aspectos. 

O enredo não é nada de excepcional, no início andamos um pouco às aranhas com tudo, tal como a própria Jane que nos narra os acontecimentos. Os pormenores apenas nos vão nos sendo fornecidos lentamente à medida que ela os vai desvendando, mesmo assim, chegamos ao final com muitas questões em aberto. O início é morno e só praticamente no final é que se dão os grandes desenvolvimentos e se fazem as grandes descobertas, deixando o futuro em aberto para a próxima sequela.

Vi que há uma serie de TV, como mesmo nome do livro e baseada nele, mas pelo que apercebi não tem nada a ver com este livro, a não ser que seja referente à continuação.

Fica aqui o trailer da serie e do livro. 

 

 

"O Verão das Nossas Vidas", Luanne Rice

 Ficha técnica de: O Verão das Nossas Vidas 
Titulo original: The Deep Blue Sea for Beginners

Autor: Luanne Rice

Editora: Quinta Essência

Data de Edição: 01/2009

IBSN:     9789898228291

Páginas: 290

PVP (em euros): 16,60

  

"Sentimental e inesquecível, "O Verão das Nossas Vidas" revela como um romance improvável dá nova forma ao significado do amor e uma família resiste ao reavivar de memórias para encontrar um novo caminho."

Capri: Uma ilha lendária, mergulhada em sabedoria e mistérios seculares… Uma mulher que aprende finalmente a confiar na vida e no amor…

Mãe e filha, separadas durante anos, à procura de uma forma de enfrentarem juntas o futuro…

Há dez anos, Lyra Davis deixou para trás as pessoas que mais amava, incapaz de reconciliar as expectativas da família com as aspirações do seu próprio coração. Agora vive tranquilamente no meio de uma comunidade de expatriados em Capri, aprendendo devagar, com cuidado e pela primeira vez, a viver em pleno, desabrochando graças à amizade de um homem único que reconhece nela a sua alma gémea.

Em Newport, Rhode Island, Pell Davis está preparada para assumir o seu lugar entre a elite local. Porém, tanto ela como a irmã mais nova, Lucy, ainda suspiram pela mãe que as abandonou quando eram crianças, para serem criadas pelo pai que as adorava. Pell acha que conhece os motivos da sua mãe, que julgava poder amá-las melhor se partisse. Mas agora, com o pai morto, Pell decide atravessar o oceano para encontrar a mãe de quem se recorda e as verdades escondidas que Lyra nunca fora capaz de contar…

E tudo está bem quando acaba bem! Esta é uma afirmação que se adapta bastante bem a este livro.

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É o primeiro livro da escritora, já tinha lido opiniões menos favoráveis relativamente aos seus livros, no entanto, fiquei satisfeita com esta leitura. Por isso, obrigado Maria (Blogue Pereira's Book's) pelo empréstimo.

O enredo assenta essencialmente sobre o perdão e a perda, sobre a esperança, sobre a união da família e o seu amor incondicional. O poder da perda é tão grande neste livro que a maioria das personagens principais intervenientes na estória são órfãs de pai ou de mãe, o que para mim é um pouco exagerado, bem como, os 10 anos de ausência de contacto entre a mãe e as filhas, por muito graves que fossem os problemas acho que é um pouco irracional essa situação.

Para colmatar alguns aspectos menos credíveis, o cenário que serve de base a toda a acção principal é simplesmente divinal, a escrita é simples e permite uma leitura rápida e descontraída.